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Sinopsis de AUDRYN

Nesta aventura inicial de nossa espiã de olhos azuis , ela se vê envolvida numa ação que visa derrubar o regime ditatorial de um país chamado Çulão. Esse país, segundo a imprensa internacional, abrigava terroristas radicais, além de financiar-lhe as ações, para manter seu tirano governante no poder. Sob a falácia de melhorar a vida do povo, dar-lhe liberdade de locomoção e expressão e implantar um governo com a merecida participação popular, promoveram uma revolução que culminou na derrubada do antigo ditador. Após a derrocada do antigo mandatário, instalou-se, com apoio dos cidadãos, uma Junta Provisória de Governo. Essa junta deveria, segundo promessa da revolução, estabelecer condições para eleições dos novos mandatários, escolhidos pelo povo em eleições livres e diretas. Entretanto, após assumirem o controle do país, nada disso aconteceu. Sob o pretexto de que o povo ainda não estava preparado e que outras providências ainda deveriam ser tomadas para extirpar colaboradores corruptos da antigo regime. Os anos se passaram, a liberdade a cada dia que passava, minguava e as arbitrariedades eram cometidas, agora sem se importarem em dar qualquer satisfação coerente e decente ao povo, que outrora os houvera auxiliado na chegada ao poder. Basicamente, nos casos deste tipo de golpe, cujo real objetivo não é entregar o poder ao povo, mas sim substituí-lo por um igual ou mais arbitrário que o anterior, duas estratégias são utilizadas: - Primeiro exageram-se os defeitos e deficiências de quem está no poder: supervalorizam-se os fracassos e minimizam-se, ou até abafam-se as ações bem-sucedidas, distorcem-se a realidade dos fatos, acusam a imprensa de manipulação. Cria-se assim o clima ideal para surgirem cidadãos de bem - pessoas bem intencionadas e patriotas - dispostos a serem comandados e a lutarem, às vezes por ideologias obscuras e sem fundamentos muito claros, ao lado de pessoas sedentas de poder e sem escrúpulos. - Conquistado o controle da nação, manipulam a imprensa livre, ou censuram-lhes as publicações, controlam as forças armadas dando-lhes privilégios incomuns, enfraquecem ou eliminam o parlamento, modificam a constituição nacional para reforçar o poder dos novos ocupantes dos altos cargos, dificultando a alternância das posições estratégicas, instituem-se penas capitais aos traidores da revolução (sic). Noutros, institui-se uma nova força armada, extremamente comprometida com a ideologia do novo tirano, acima das outrora existentes - com armamento mais letal e em maior quantidade, melhores salários, etc. A característica comum destes novos governantes é abominação aos discordantes do regime recém-instalado e a violenta repressão aos intelectuais justos, à liberdade de imprensa, aos descontentes com as mudanças, aos opositores de maneira genérica. O embrião que caracteriza esses países, nas quais a democracia é extremamente frágil e sujeita a retrocessos, é a pobreza, dificuldade de acesso à cultura, falta de informação adequada, miserável expectativa de um futuro decente e péssima distribuição de renda. Soma-se a isso a tendência de o ser humano colocar interesses pessoais acima dos coletivos; o bem-estar pessoal acima do geral, atração exacerbada pelo poder e o dinheiro. É num cenário como esse que a nossa espiã, de lindos olhos azuis, será a protagonista principal da derrocada de um regime de exceção. Seu desempenho, e de seus companheiros, será de vital importância para se mobilizar a máquina de guerra que porá fim a esse regime genocida e radical.

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